Comunidade brasileira está de luto pela morte de Antônio Rocha

Durante mais de 30 anos, Tony Rocha foi cabeleireiro e amigo de milhares de amigos em New Jersey

Corpo será sepultado ao lado dos pais em Cordeiros, Bahia, cidade em que nasceu

A comunidade brasileira está triste e de luto. Morreu Antônio Ventura Rocha, o Tony, que durante mais de 30 anos exerceu a profissão de cabeleireiro em vários salões de Newark.

Dono de uma personalidade tranquila e sempre muito centrado, Tony era uma espécie de conselheiro para clientes e amigos, para quem sempre tinha uma palavra branda.

Tony nasceu em uma fazenda do interior da Bahia, em 1957, em um vilarejo de 8 mil habitantes, que viria a se chamar Cordeiros.

Ele emigrou para os Estados Unidos em 1987 e se tornou muito conhecido e querido por todos da comunidade luso-brasileira.

Antes de chegar a New Jersey, Tony viveu e trabalhou em Campinas-SP, cidade em que conheceu a esposa Márcia, de quem nunca se separou.

“Eu o conheci no salão Copacabana, onde eu trabalhava e ele foi procurar emprego. Como não havia vaga, ele foi trabalhar com o Djacy, na Pulasky Street. Depois, abrimos o The Cutting Crue e ele foi trabalhar conosco. Passei uma temporada em Massachusetts e, quando voltei, ele tinha comprado uma parte do Copacabana e eu fui trabalhar para ele. Depois disto, nós decidimos abrir o salão Vogue, em sociedade, em 1998. Depois de mais de 20 anos de sociedade, vendemos o salão e fomos trabalhar na Magazine Street. Mesmo depois que tomamos destinos diferentes, a nossa amizade continuou muito forte”, lembra o mineiro Benilton Marques, ex-sócio de Tony.

Recentemente, além da função de cabeleireiro, Tony fazia um “part time” em uma empresa terceirizada da Amazon. Lá ele levou um tombo e machucou o ombro, o que o impossibilitava de exercer a profissão que o tornou conhecido. Durante os exames, ele descobriu que estava com anemia. Testes posteriores constataram a existência de um tumor no intestino.

Tony foi desenganado, mas lutou bravamente, tentando se curar. O tratamento foi muito duro e, mesmo os médicos lhe dando apenas três semanas para viver, lutou até o fim. O seu coração bateu pela última vez no dia 13 de julho, quarta-feira, por volta de uma da manhã, no Morristown Medical Center, na cidade homônima.

O velório foi realizado no domingo (17 de julho) em Hasbrouck Park, e a esposa está cuidando dos trâmites para levar o corpo para a sua terra natal, como era o seu último desejo. Márcia e os dois filhos do casal irão acompanhar o corpo, que será enterrado em Cordeiros, junto com os pais dele.

Além de uma legião de amigos, Tony deixa a esposa Márcia Rocha-  com quem foi casado por 41 anos – e os filhos Guilherme e Frederico.

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