Turista brasileira sofre estupro coletivo na Índia; quatro suspeitos foram presos

A brasileira e seu marido de origem espanhola decidiu fazer uma parada no distrito de Dumka para passar a noite, onde foram atacados por um grupo de sete homens

Na última sexta-feira (1º), uma turista brasileira, com nacionalidade espanhola, foi vítima de estupro coletivo no estado de Jharkhand. Segundo informações da polícia local, a vítima estava em uma viagem de moto pelo país com seu marido, tendo como destino o Nepal. O casal decidiu fazer uma parada no distrito de Dumka para passar a noite, onde foram atacados por um grupo de sete homens. Eles denunciaram o ocorrido à polícia local e, segundo noticiado pelas autoridades indianas, quatro envolvidos no crime já foram presos. As vítimas também receberam atendimento médico no país.

O casal tem uma página nas redes sociais com milhares de seguidores onde compartilham imagens viajando de moto em diferentes países do mundo. Desde julho do ano passado, os dois vêm percorrendo a Índia. A identidade das vítimas não foi revelada pelas autoridades, porém, em um vídeo compartilhado nas redes sociais, ela descreveu a terrível experiência, destacando que além do estupro, o grupo também os agrediu e roubou seus pertences. “Aconteceu algo conosco que nós não desejamos para ninguém. Sete homens me estupraram, eles nos bateram e nos roubaram, apesar de não levarem muitas coisas porque o que eles queriam era me estuprar. Estamos no hospital com a polícia”, disse a brasileira.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que a embaixada do Brasil em Nova Delhi está prestando assistência à brasileira. “Seguiremos acompanhando todos os desdobramentos do caso, em estreita coordenação com as autoridades da Espanha e da Índia”. A pasta acrescenta ainda que em respeito ao direito à privacidade e em observância aos dispostos legais, não são fornecidas informações adicionais sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.

Em suas redes sociais, a embaixada da Espanha na Índia compartilhou uma mensagem sobre o episódio. “Devemos estar unidos em nosso compromisso pela eliminação da violência contra a mulher em todo o mundo”.

Em um vídeo publicado no domingo (3) em seu canal de viagens, o marido expressou gratidão pelo apoio recebido e disse confiar no trabalho da polícia indiana. Ele e sua esposa enfatizaram que o crime não deve ser atribuído à Índia, país que proporciona experiências incríveis aos visitantes. “Não julgue a Índia com base nisso, porque não é justo”, afirmou ele. “A maioria dos indianos são pessoas maravilhosas. Encontramos alguns indivíduos problemáticos, mas não podemos generalizar”, acrescentou ela.

Na segunda-feira (4), o casal retornou ao assunto, expressando decepção com os comentários críticos recebidos online sobre seu itinerário de viagem. “Isso [violência] pode acontecer com qualquer pessoa, com a sua filha, irmã, mãe, e em qualquer país do mundo. Ninguém está livre, isso já aconteceu muitas vezes na Espanha, no Brasil e na América. Então não diga bobagens pelo fato de estarmos na Índia”, disse ela.

“Nós já acampamos em 66 países: Irã, Afeganistão, Paquistão… muitos países que são considerados ‘perigosos’ e nós nunca tivemos problemas”, afirmou. “Pedimos que a justiça seja feita, não só por nós, mas também por todas as outras mulheres e meninas que passaram por isso.”

*com informações da Agência Brasil e CNN

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