Coreia do Norte testa novo míssil com capacidade para atingir os EUA
A ação visa afirmar a prontidão para a guerra da força de dissuasão nuclear do país diante da crescente hostilidade proveniente dos EUA
Na terça-feira, 19 de dezembro (segunda-feira no horário de Brasília), a Coreia do Norte anunciou ter realizado com sucesso o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasong-18 como parte de um exercício militar estratégico. A ação visa afirmar a prontidão para a guerra da força de dissuasão nuclear do país diante da crescente hostilidade proveniente dos Estados Unidos, conforme divulgado pela agência de notícias estatal KCNA.
O líder norte-coreano, Kim Jong Un, presenciou pessoalmente o lançamento do ICBM. Segundo relatos da KCNA, o projétil atingiu a notável altitude de 6.518 km, percorrendo 1.002 km e acertando com precisão o alvo pretendido. Tanto a Coreia do Sul quanto o Japão, em pronunciamentos na segunda-feira, afirmaram que o ICBM lançado pela Coreia do Norte possui alcance capaz de atingir qualquer ponto nos Estados Unidos. As autoridades sul-coreanas especificaram que o míssil é um Hwasong-18 de combustível sólido, seguindo uma trajetória acentuada e caindo no mar a oeste de Hokkaido, a principal ilha japonesa.
Kim Jong Un destacou que o lançamento envia “um sinal claro às forças hostis” que alimentaram uma “imprudente histeria de confronto militar” contra o Norte ao longo do ano. A KCNA reportou que o exercício “demonstrou a vontade da RPDC [República Popular Democrática da Coreia] de uma resposta mais dura e a sua força esmagadora.”
Este lançamento ocorreu em meio à condenação anterior por parte da Coreia do Norte em relação a uma demonstração de força militar dos Estados Unidos, que incluiu a chegada de um porta-aviões e um submarino com propulsão nuclear à Coreia do Sul. Horas depois do evento, os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul anunciaram a total ativação de um sistema para detectar e avaliar lançamentos de mísseis norte-coreanos em tempo real, além de realizar mais exercícios militares trilaterais como resposta às ações provocativas do regime de Pyongyang. O cenário regional permanece tenso, e a comunidade internacional observa com apreensão os desdobramentos dessas recentes movimentações.